O Brasil está rediscutindo um protocolo sobre embarques de milho com o governo da China para permitir exportações do cereal já neste segundo semestre de 2022, a informação foi divulgada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, no último mês.
Segundo o ministro, o acordo inicial previa a exportação de milho brasileiro da próxima temporada, mas novas conversas podem permitir embarques da safra de 2022.
O Brasil exporta a maior parte de seu milho no segundo semestre, competindo com fornecedores como os Estados Unidos neste período. A China já é o maior comprador de soja do Brasil, bem como um destino importante para os embarques brasileiros de carne.
Montes disse que o Brasil está colhendo uma grande segunda safra de milho e, segundo ele, os chineses estão interessados em importar o produto brasileiro. “Será discutido nos próximos dias se poderemos exportar a safra atual de milho”, disse, citando que discussões para revisar o protocolo ocorreram.
O ministro afirma que a China quer imediatamente a produção brasileira da atual temporada. O protocolo abrange milho e outros produtos, incluindo amendoim, polpa cítrica e concentrado de proteína de soja.
O Brasil colheu quase 62% de sua segunda safra de milho no centro-sul, segundo dados da consultoria AgRural divulgados em julho.
O milho segunda safra representa de 70% a 75% da produção nacional e é plantado após a soja, nas mesmas áreas.
Este ano, os agricultores brasileiros colherão cerca de 87,3 milhões de toneladas do cereal cultivado na “safrinha”, disse a AgRural.
As interrupções causadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia redefiniram certas rotas comerciais agrícolas, levando os países a diversificar os fornecedores.
Fonte: Forbes Agro
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